11 julho 2008

O aftermarket entra na minha vida

... só lamento ter desperdiçado peças de resina num kit tão medíocre.

Estou falando do Fokker Dr.I da Revell. O molde antigo, não esse novo que estão vendendo agora. Não me lembro muito bem agora, mas acho que esse foi o primeiro kit de WWI que eu comprei, mas demorei pra montar. Plástico vermelho, que coisa horrível! Mas, bom, o kit trazia as insígnias para o famosíssimo 425/17, o avião em que o Barão Vermelho foi morto, e era o que eu ia fazer, mesmo tendo de pintar tinha vermelha sobre plástico da mesma cor. Pior foi a cauda branca, deve ter precisado de umas quatro demãos pra ficar branca mesmo, e não rosada.

Caças alemães usavam metralhadoras Spandau. Veja uma de verdade:

Como copiar uma coisa dessas, furadinha, em plástico? Não dá. Tem que ser em photo-etch (para os leigos, peças de metal bem fininhas e dobráveis). Mas não é porque é impossível copiar uma Spandau com precisão que os kits precisam vir com umas coisas horrorosas travestidas de metralhadora. Era o caso do kit da Revell. Então comprei um set com 6 Spandaus em resina, da Roseparts (dá pra ver legal em uma das fotos, antes de eu colocar a asa superior). Ficou melhor.

Nesse kit eu experimentei um verniz brilhante da Humbrol que vinha num vidro quadradinho. Uma porcaria. O kit ficou grudento. Para salvar, achei o Humbrol 35, um verniz de latinha.

Também foi a minha primeira experiência com estaiamento (os cabos tão comuns em aviões da época). Fiz com plástico preto, aquecido e estirado. Não ficou tão fininho quanto devia, mas fino o suficiente para uma primeira tentativa. Só não coloquei os cabos na asa superior e na cauda; contentei-me com a área do cockpit e o trem de pouso.







Quem olha o kit com cuidado vai ver que as asas ficaram um pouco desalinhadas. Isso ocorreu porque as estruturas que ligam as asas são separadas. É uma pecinha entre a asa inferior e a do meio, e outra pecinha ligando a asa do meio à de cima. Historicamente é o correto, mas para montar seria muito mais fácil ter apenas uma peça, que fosse de alto a baixo, passando através da asa do meio.

Esse kit ficou pronto em maio de 2002 e também existe até hoje, fazendo companhia ao Roland no teto do quarto do Bruno.

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