18 agosto 2008

GPC parte 2 -- primeiro os grandões

Agora vamos ver como ficou a mesa dos kits de Primeira Guerra em 1/28 e 1/32. Foram quatro kits, todos alemães.



A medalha de ouro ficou com esse Fokker Dr.I abaixo. Não lembro da etiqueta agora, mas parece ser em 1/28. Está pintado (muito corretamente, exceto pelos pneus pretos) como o triplano 152/17 de Manfred von Richthofen.




Quem levou a prata foi este outro triplano, em 1/32, do Werner Voss, o 103/17. Alguns poderão dizer "mas o cowling era amarelo". Bom, isso é uma loooonga história. Os únicos problemas que eu vi foram, novamente, os pneus pretos, e aquelas peças de madeira que ficam sob as pontas da asa inferior. Elas existiam no Dr.I, mas não no F.I (categoria ao qual os triplanos 101/17, 102/17 e 103/17 pertencem).



O bronze foi para esse Fokker D.VII em 1/28, do Jasta 18. Vocês sabem que esse esquadrão é um dos meus favoritos.



Ainda participou do concurso esse outro triplano. A pintura, para mim, é controversa. Pelo serial que está na lateral, seria o 102/17. Mas, até onde eu sei, o 102/17 nunca foi vermelho. Ele era camuflado em streaked, exatamente como o 101/17 e o 103/17 que acabamos de ver acima.



E aproveito a deixa para comentar um pouquinho sobre esses errinhos recorrentes que costumo ver em kits WWI. Culpa não tanto do modelista, mas muitas vezes da folha de instruções. Pneus pretos (quando na verdade eles eram cinza), pinturas imprecisas que não batem com o original... são erros que eu também já cometi, mas acho que, assim como eu fiz, os modelistas também podiam ir buscar referências, existem hoje tantos livros da Osprey, os Datafiles da Albatros Publications, sites como o Aerodrome e a WWI Mailing List... se os modelistas são capazes de identificar erros em folhas de instrução de um Bf-109, um P-51 ou um Stuka, e montar o kit com máxima precisão nas cores e camuflagens, também deveriam ter esse cuidado com Primeira Guerra. O mesmo vale para os juízes das categorias. Em Campinas não aconteceu de premiarem kit com a pintura incorreta, mas eu não tenho certeza absoluta de que os juízes de aviação conhecem com profundidade a variedade de pinturas daquela época. Se a categoria continuar crescendo, acho que deviam investir nisso.

Na seqüência, a competição em 1/48.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro Márcio. Esta era a pintura correta do Fokker Dr.I do Manfred von Richtofen ? Verde na região do cockpit e nas asas inferior e central ? Ele não era inteiro vermelho ?

Marcio disse...

MvR pilotou dois triplanos. O de número serial 152/17 era assim mesmo, "streaked" na frente da fuselagem e nas asas inferior e central, e vermelho na metade de trás da fuselagem, nariz e asa superior. Mas ele teve um outro triplano, 425/17 se não me engano, que esse sim era todo vermelho.

Anônimo disse...

Que interessante...
Desculpe, mas eu não me apresentei: Meu nome é Marcos, também sou de Curitiba, mas hoje moro em Salvador. Estou retomando o hobby do plastimodelismo e, também, tentando aprimorar as minhas técnicas. Recomecei com dois modelos da WWI: um Sopwith Camel inglês e o Fokker Dr.I do MvR. Não sabia que ele havia voado em dois diferentes. Sei que antes ele pilotou um Albatros, mas desconheço qual modelo. Você deve ter uma grande biblioteca para saber todos os detalhes...

Marcio disse...

Marcos, eu fiz um 425/17 (aquele kit horrível da Revell) faz muitos anos, você pode ver aqui: http://jastamarcio.blogspot.com.br/2008/07/o-aftermarket-entra-na-minha-vida.html

As melhores referências estão nos livros da Osprey, eles têm ótimas ilustrações para ajudar com as pinturas e cobrem uma grande diversidade de esquadrões e tipos de aviões. Vale a pena ter em casa!

O Albatros do MvR se não me engano era um D.III todo vermelho também, mas eu precisaria checar com as minhas fontes.