26 agosto 2008

Simplezinho, mas bonitinho

Joguinho de Primeira Guerra para o povo se divertir. É só clicar na imagem.

18 agosto 2008

GPC parte 4 e final -- por último, mas não menos importante

A competição em 1/72 teve oito modelos:



Desses oito, quatro eram meus, e dois foram premiados. No alto do pódio, com o ouro, o Pfalz D.IIIa do Rudolf Berthold:



Berthold também levou a prata. Esse Fokker D.VII é da ESCI. Mas é impressão minha ou as partes de baixo das asas tem lozenge naval?



E o Fokker D.VII de Hans Besser (mais fotos dele aqui) ficou com o bronze. Ou seja, o Jagdgeschwader II fez a festa!



Além dos kits premiados, estavam competindo meu Fokker Dr.I do Lothar von Richthofen, o Albatros D.III do Tutschek e os modelos abaixo:

Eu gostei muito desse par de Nieuports, acho que são do mesmo modelista. Até achei que eles seriam premiados, pois estão realmente muito bonitos:




E o mesmo modelista que fez o D.VII que pegou segundo lugar trouxe também este Sopwith Strutter:



Com isso termino a cobertura da parte de aviação WWI do concurso do GPC. Afinal, nos fóruns por aí todo mundo está colocando Luftwaffe, jatos, essas coisas modernosas, alguém tem que salvar a honra da turma da Primeira Guerra, certo?

Nos próximos dias recupero o tempo perdido e coloco mais fotos do Pfalz do Berthold e do triplano do LvR.

GPC parte 3 -- na 1/48, alguns kits de encher os olhos

A categoria mais numerosa dentro de WWI no Open GPC foi a de 1/48. Como vocês já viram, foi dali que saiu o vencedor da categoria temática, o Hanriot. Agora vamos ver o resto.



E então, vocês conseguem contar 9 kits?

O vencedor do ouro foi esse Nieuport 17, lindo!



A prata foi para esse DH2 (obrigado, Diego, pela correção!). Se o Albatros me deu dor de cabeça para fazer o estaiamento, fico imaginando o que o modelista (acho que era o Lawrence, não tenho certeza) passou para fazer esse aí:



E, com o bronze, esse Albatros lindo, do Hans von Hippel. Sério, achei esse um dos kits WWI mais bonitos do evento, podia ter levado o troféu temático numa boa:




Confira agora os outrs cinco kits que estavam na categoria 1/48:

Um par de Camels, parece que do mesmo modelista, pois embora um deles esteja em uma base, os números de inscrição são seguidos:




Isso é um Brandemburg D.I, não é? De qualquer modo, é interessantíssimo. Parece ser também do Lawrence:



Aqui, um Fokker E.V/D.VIII muito bonito também:



E, para finalizar, um dos triplanos mais conhecidos que existem, o do Friedrich Kempf:



No próximo post, encerro com os kits da melhor escala que existe.

GPC parte 2 -- primeiro os grandões

Agora vamos ver como ficou a mesa dos kits de Primeira Guerra em 1/28 e 1/32. Foram quatro kits, todos alemães.



A medalha de ouro ficou com esse Fokker Dr.I abaixo. Não lembro da etiqueta agora, mas parece ser em 1/28. Está pintado (muito corretamente, exceto pelos pneus pretos) como o triplano 152/17 de Manfred von Richthofen.




Quem levou a prata foi este outro triplano, em 1/32, do Werner Voss, o 103/17. Alguns poderão dizer "mas o cowling era amarelo". Bom, isso é uma loooonga história. Os únicos problemas que eu vi foram, novamente, os pneus pretos, e aquelas peças de madeira que ficam sob as pontas da asa inferior. Elas existiam no Dr.I, mas não no F.I (categoria ao qual os triplanos 101/17, 102/17 e 103/17 pertencem).



O bronze foi para esse Fokker D.VII em 1/28, do Jasta 18. Vocês sabem que esse esquadrão é um dos meus favoritos.



Ainda participou do concurso esse outro triplano. A pintura, para mim, é controversa. Pelo serial que está na lateral, seria o 102/17. Mas, até onde eu sei, o 102/17 nunca foi vermelho. Ele era camuflado em streaked, exatamente como o 101/17 e o 103/17 que acabamos de ver acima.



E aproveito a deixa para comentar um pouquinho sobre esses errinhos recorrentes que costumo ver em kits WWI. Culpa não tanto do modelista, mas muitas vezes da folha de instruções. Pneus pretos (quando na verdade eles eram cinza), pinturas imprecisas que não batem com o original... são erros que eu também já cometi, mas acho que, assim como eu fiz, os modelistas também podiam ir buscar referências, existem hoje tantos livros da Osprey, os Datafiles da Albatros Publications, sites como o Aerodrome e a WWI Mailing List... se os modelistas são capazes de identificar erros em folhas de instrução de um Bf-109, um P-51 ou um Stuka, e montar o kit com máxima precisão nas cores e camuflagens, também deveriam ter esse cuidado com Primeira Guerra. O mesmo vale para os juízes das categorias. Em Campinas não aconteceu de premiarem kit com a pintura incorreta, mas eu não tenho certeza absoluta de que os juízes de aviação conhecem com profundidade a variedade de pinturas daquela época. Se a categoria continuar crescendo, acho que deviam investir nisso.

Na seqüência, a competição em 1/48.

GPC parte 1 -- o melhor avião de Primeira Guerra

Como vocês, leitores atentos, sabiam, a categoria especial de aviação do Open GPC deste ano era Primeira Guerra Mundial. Então nada mais justo que apresentar o vencedor, um Hanriot HD2 da Eduard, em 1/48, muito, mas muito bem montado! Infelizmente não sei de quem é.






Nos próximos posts, veremos como foi a exibição em cada escala.

Em breve, cobertura do GPC

Mais à noite começo a colocar as fotos do GPC. Valeu muito a pena, apesar do tremendo sacrifício de carregar aquela caixa num ônibus por 14 horas como se a minha alma estivesse ali dentro.



Aí estão os 4 kits, já na casa dos meus pais, sábado à noite, prontos para ir ao concurso. Eles foram de Curitiba pra São José dos Campos sem essa tirinha adicional de espuma sobre as asas porque aqui em casa as coisas que tentei usar para prendê-las (basicamente durex e fita crepe) não funcionaram. Minha mãe forneceu os alfinetes.

Ainda assim, os kits vieram praticamente intactos de Curitiba para São José. Só soltou uma das alças em photo-etch do triplano, mas que colei novamente na casa dos meus pais.

Aguardem que teremos muitas fotos!

16 agosto 2008

Finalmente!

O título se refere a um off-topic (o ouro do Brasil) e um on-topic: terminei o Fokker Dr.I e o Pfalz D.IIIa. Fotos só depois do fim de semana, os kits já estão dormindo na sensacional caixa de papelão e esponja de lavar louça, prontos para a jornada do fim de semana, que será mais complicada do que eu gostaria.

13 agosto 2008

Na reta final!

Faltando menos de 72 horas para o concurso de Campinas, os kits começam a ficar prontos. Hoje, colocando estaiamento no trem de pouso, finalizei o Albatros D.III do Adolf von Tutschek.



Von Tutschek nasceu em 1891, na Bavária. Como tantos aviadores, começou em terra, na infantaria, e foi intoxicado com gás na batalha de Verdun. Longe do front por meses, foi para a força aérea imperial assim que se recuperou, inicialmente como piloto de bipostos. Passou a piloto de caça no Jasta Boelcke e em abril de 1917 já era comandante do Jasta 12, onde marcou a maioria de suas 27 vitórias. Em agosto de 1917, foi derrubado e passou mais alguns meses fora de combate. Ao voltar, tornou-se comandante do Jagdgeschader II. Em 15 de março de 1918, Tutschek morreu quando seu Fokker Dr.I foi derrubado pelo ás sul-africano Harold Redler. O piloto alemão recebeu a Cruz de Ferro, a Cruz de Cavaleiro da Ordem Militar de Max-Joseph, a Cruz de Cavaleiro com Espadas da Casa Real de Hohenzollern e, por fim, a Pour Le Mérite.

O Albatros D.III que montei é o usado pelo piloto no Jasta 12 no segundo trimestre de 1917, número serial 2274/16. O kit é o da Revell. Muito, mas muito ruinzinho. Zero de interior, não vinha nem assento, só uma figura de piloto que devia encaixar na parte interna da fuselagem. Peguei um assento não lembro onde e coloquei no lugar. As metralhadoras eram horríveis, peguei umas de um kit da Roden. E, na verdade, o avião do Tutschek nunca me atraiu visualmente. Mas, por ser todo preto, foi a minha escolha para um kit que vinha em plástico vermelho. Os decais são da Pegasus, uma folha genérica de insígnias alemãs que também traz vários decais de hélice.

O estaiamento foi feito com fio de aço Ethicon .004" -- admito que não fiz o estaiamento todo, faltaram dois cabos que ligam as pontas das asas superior e inferior em cada lado. Não coloquei porque depois de algumas tentativas vi que a coisa estava acima da minha habilidade no momento. Mas ainda assim é o primeiro kit em que fiz estaiamento "de grande escala", digamos, com cabos entre as asas, da asa pra fuselagem, etc.

Vejam aí as fotos. Ele estará em Campinas, caso os leitores queiram conhecê-lo pessoalmente.




A necessidade é mãe do invento

Um dos momentos mais tensos da vida de um modelista de Primeira Guerra é transportar os modelos. Afinal, eles não são uma maçaroca sólida como um P-47, um Polikarpov I-16, ou um jato moderno -- são cheios de estruturas frágeis, trens de pouso frágeis, uma asa superior que normalmente só tem uns quatro ou oito micro-pontos de contato com o resto do kit...

Eu já perdi um Pfalz D.IIIa durante o transporte. Antes, usava uma caixa de papelão, dessas de presente, com uma chapa de isopor cobrindo o fundo. Colocava os kits de cabeça para baixo sobre o isopor e fincava palitos de dente em volta dos aviões para eles não escorregarem de um lado pro outro. Mas mesmo o isopor não é assim um material maleável, ele não absorve eventuais sacudidas.

Então resolvi que minha próxima caixa seria forrada com espuma, na qual o avião se apoiaria pela asa inferior. A camada de espuma teria de ser alta o suficiente para que o trem de pouso não tocasse o chão. Claro, era um material mais adequado. O problema é: onde arrumar tiras de espuma? Minha mãe sugeriu lojas de tapeçaria, mas eu não conheço nenhuma. Hoje fui atrás da caixa e achei uma, não tão grande quanto gostaria, mas suficiente para quatro caças:



O problema continuava sendo o forro do fundo da caixa. Numa loja dessas de 1,99 cheguei a ver uma espécie de manta que considerei como uma alternativa à espuma. Até que essa noite, voltando do trabalho, passei no supermercado e, na ala dos produtos de limpeza, tive uma iluminação. Sabe aquelas esponjas de lavar louça, com um lado amarelo e outro verde? Então, comprei várias, cortei algumas em pedaços e colei com cola branca no fundo:



Os pedacinhos menores, colados ao longo dos dois vãos maiores, servem para acomodar a bequilha dos aviões que tiverem cauda muito pesada. Assim, o avião se mantém numa posição perfeitamente horizontal. Já percebi que no caso dos Albatros isso será necessário.

Sábado a caixa fará um belo teste, de Curitiba a Campinas. Aí veremos se essas esponjas dão conta do recado.

06 agosto 2008

Faltam 10 dias: Albatros D.III

E, finalizando a série de kits em construção, o Albatros D.III do Adolf von Tutschek. O estaiamento está todo pronto (e só Deus sabe quanta dor de cabeça isso me deu), falta apenas montar o trem de pouso e colar a hélice. O que tem atrapalhado ultimamente é o tempo muito frio, o que impede a aplicação do Future. Além do líquido ficar muito mais viscoso que o normal, ele seca rápido demais e o resultado é horrível.


Faltam 10 dias: Pfalz D.IIIa

Continuando a série contagem regressiva para o GPC, vejam agora a quantas anda o Pfalz D.IIIa do Rudolf Berthold. O estaiamento ainda não está todo pronto, falta colar uma peça ligando o motor ao radiador na asa superior, a bequilha, a hélice e ainda montar o trem de pouso.


Faltam 10 dias: Fokker Dr.I

Daqui a exatamente 10 dias estarei em Campinas participando do Open GPC, e espero encontrar lá vários aviões de Primeira Guerra, pois é a categoria especial. Então, começando a contagem regressiva, coloco fotos de como estão atualmente os meus três kits em construção. Começo com o Fokker Dr.I do Lothar von Richthofen, o kit mais próximo de ser finalizado. Como dá pra ver, faltam pouquíssimos detalhes: a hélice e duas alças em photo-etch que vão na parte de trás da fuselagem. O resto está todo feito!



04 agosto 2008

Regra básica do modelismo:

O hobby serve para você se divertir. Se você está se estressando mais do que está se divertindo, é porque tem coisa errada.

Sim, estou falando do estaiamento do Albatros.

01 agosto 2008

Como hoje é sexta, sessão pipoca

Filmes de Segunda Guerra Mundial existem tantos que você perde a conta. Mas de Primeira Guerra, bom, esses são muito raros. Então os poucos que existem merecem um comentário.



O mais recente dos filmes de aviação de Primeira Guerra é Flyboys. Parece que os grandes estúdios não botaram muita fé no filme e os produtores precisaram tirar do próprio bolso pra fazer o longa. O filme tem um grande mérito, que eu não subestimo de jeito nenhum: despertar nas pessoas o interesse por essa época, já que antes de Flyboys eu acho que o último filme com esse tema foi Crepúsculo das Águias (a tradução tosca de The Blue Max), da década de 60.

Mas, do ponto de vista histórico e modelístico, o filme deixa muito, mas muito a desejar.


99% dos caças alemães que aparecem no filme são triplanos vermelhos. Diz a produtora que o diretor quis distinguir bem os "bonzinhos" dos "mauzinhos" (como se não bastasse, o vilão-mor da história tem um triplano preto) para o público. Na boa, o pessoal acha que a audiência é burra, se precisa colocar uma asa a mais no adversário para a gente saber quem é quem. A insígnia nacional bastava, afinal uma cruz preta é muito diferente de um alvo azul, branco e vermelho.

O problema é que isso causa uma confusão histórica tremenda: nunca houve triplanos em grande número no front, pois foram construídos apenas 320 Fokker Dr.I; apenas Manfred von Richthofen tinha um triplano pintado todo de vermelho; e, por último mas não menos importante, o Dr.I ainda não tinha chegado ao front na época em que o filme se passa. Ou seja, uma salada só.


Mas parece que os alemães não têm só triplanos, têm também um bombardeiro Gotha. E os caças atacam o bicho por cima. Até onde eu sei, isso era pedir pra morrer, pois o observador do Gotha teria o ângulo perfeito de tiro. O melhor jeito de pegar um avião de dois (ou mais lugares) era atacando por baixo.


As cenas de combate aéreo são cheias de ação. Mas infelizmente muitas das acrobacias que vemos no filme são totalmente inverossímeis. Em alguns casos, por razões aerodinâmicas (o avião se arrebentaria todo caso o piloto tentasse fazer aquilo); em outros, por serem simplesmente impossíveis mesmo, como uma desaceleração súbita.

Uma lista bem abrangente de erros de Flyboys está aqui.

Vale a pena ver? Eu acho que vale (talvez não valesse R$ 14 no cinema, mas R$ 4 na locadora é outro papo). Especialmente para quem nunca se interessou antes por aviação da Primeira Guerra. Como eu disse, o filme tem esse grande mérito, de apresentar ao público essa época. Mas podiam ter feito algo um pouco mais coerente com a realidade do conflito e dos combates aéreos.